Professor Paulo Henrique

Minha foto
Novo Acordo, TO, Brazil
Graduado em GEOGRAFIA pela Faculdade de Minas - BH (2007). Possui especialização , Pós-Graduação "Latu Sensu" Metodologia do Ensino de História e Geografia pela Faculdade Suldamérica-GO. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia. Atualmente é professor efetivo da Educação Básica - Secretaria da Educação e Cultura - TO. Tem experiência na área do ensino de Geografia e História nos níveis de Ensino Fundamental e Médio.

1º - Ens. Médio - "Placas Tectônicas"

 A litosfera e as placas tectônicas

 

Em 1915, o cientista e explorador alemão Alfred Lothar Wegener (1880 – 1930) publicou um livro chamado “A Origem dos Continentes e dos Oceanos”. Sua teoria, então revolucionária, agora geralmente aceita como fato, era de que os continentes da Terra, Europa, Ásia, África, América do Sul, América do Norte, Austrália e Antártida, em outros tempos, estiveram unidos em uma grande massa de terra chamada Gondwana. Por  milhões de anos, essa enorme vastidão se rompeu, devido às elevações vulcânicas e à ação dos rios e mares, para formar o mapa-mundi que hoje nos é familiar. Embora como em todos os processos geológicos a deriva continental ocorra muito devagar, está acontecendo o tempo todo. A recente queda das casas na Costa Leste da Inglaterra, pelo fato de o mar ter minado os penhascos sobre os quais se erguiam, é um exemplo pungente disso. O mapa do Mundo está sempre mudando devido à ação das forças naturais.

Depois de muitos estudos, os cientistas concluíram que a litosfera é composta por vários pedaços ou placas, tanto nos continentes quando no fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas tectônicas. A análise dessas placas mostrou que elas se deslocam constante e lentamente. Na verdade, é um deslocamento quase imperceptível, conhecido como derivados continentes ou deriva continental. Depois de descobrir esse deslocamento das placas que formam a litosfera, os cientistas concluíram que há milhões de anos existiu um único e imenso continente na superfície da Terra e não como conhecemos hoje: Ásia, África, Europa, América, Oceania e Antártida. Existe um encaixe quase perfeito entre as costas da América e da África, que foram unidos num passado distante. Além disso, os cientistas encontraram outras semelhanças entre a parte oriental da América do Sul e a parte ocidental da África:

semelhanças geológicas – tipos de rochas, de terrenos;

semelhanças de clima;

e também entre restos de animais e vegetais do passado.

Com isso, foi possível provar que essas duas porções de continente foram uma só no passado geológico da Terra.

A mesma análise feita para a África e para a América do Sul se repetiu para as outras massas continentais. E foi a partir dessas análises que os cientistas formularam a teoria da deriva continental, defendendo a existência de um supercontinente, rodeado por um único oceano.

A forma atual da crosta terrestre, com os continentes e oceanos que conhecemos, data de mais ou menos 10 milhões de anos. Mas, com o tempo, ele deverá se modificar. Dados científicos indicam, por exemplo, que daqui a alguns milhões de anos, a África e a América do Sul estarão bem mais distantes uma da outra do que atualmente. Isso porque ano a ano esses continentes deslocam-se alguns milímetros.

Com o tempo, esse super continente, denominado Pangéia, foi se rompendo e pedaços de terras emersas foram se distanciando uns dos outros. Um movimento produzido pelas forças internas da Terra teria provocado esse distanciamento. Assim, cada grande porção de terras emersas deu origem a um continente. O movimento no interior da Terra começou há, aproximadamente, 200 milhões de anos e continua até os dias de hoje.

Acabamos de descrever a chamada teoria da deriva dos continentes, que surgiu há três séculos. Ela é o resultado da observação de semelhanças entre o litoral da África e o da América do Sul, que se iniciou com as grandes expedições e descobrimentos dos séculos XV e XVI.

Surge uma nova teoria

 A partir de 1950, muitas pesquisas foram feitas no fundo dos oceanos, em grande parte com o objetivo de descobrir riquezas minerais. Com isso, o homem aumentou muito o seu conhecimento sobre a crosta terrestre. Assim, surgiu a teoria das placas tectônicas, que, na verdade, é um aprimoramento da antiga teoria da deriva continental. Segundo essa nova teoria, bastante aceita nos dias de hoje, a litosfera é formada por várias porções ou placas. E sobre essas placas encontram-se os continentes e os assoalhos dos oceanos. Todas as placas flutuam sobre o manto, por serem muito mais rígidas, ou seja, mais sólidas.

Dentre outras , estas são as principais placas tectônicas:

 

• Placa Euro-Asiática, predominantemente continental, apesar de incluir parte do Atlântico norte.

• Placa Africana, que inclui a África e parte do Atlântico Sul.

• Placa Norte-Americana, que abrange parte do Atlântico Norte e quase toda a América do Norte.

• Placa Sul –Americana, que inclui a América do Sul e parte do Atlântico Sul.

• Placa Antártica, que inclui o continente Antártico e uma imensa área oceânica.

• Placa Indo-Australiana, que abrange boa parte do oceano Índico e da Oceania.

• Placa Norte-Pacífica, predominantemente oceânica.

• Placa Sul-Pacífica, a oeste da América do Sul, predominantemente oceânica.




 O estudo dessas placas é muito importante para compreendermos fenômenos naturais que ocorrem na litosfera, como a formação das altas cadeias de montanhas e os abalos sísmicos (terremotos e maremotos).

De forma simplificada, podemos dizer que as elevadas montanhas se formaram a partir do choque ou do encontro violento de duas placas tectônicas.

Também os terremotos e os maremotos são abalos gerados pelo encontro de duas placas. As áreas situadas no ponto de encontro de duas placas são as mais sujeitas a terremotos e vulcões.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Conteúdo Geográfico