A litosfera e as placas tectônicas
Em 1915, o cientista e explorador alemão Alfred Lothar Wegener (1880 –
1930) publicou um livro chamado “A Origem dos Continentes e dos Oceanos”. Sua
teoria, então revolucionária, agora geralmente aceita como fato, era de que os
continentes da Terra, Europa, Ásia, África, América do Sul, América do Norte,
Austrália e Antártida, em outros tempos, estiveram unidos em uma grande massa
de terra chamada Gondwana. Por milhões
de anos, essa enorme vastidão se rompeu, devido às elevações vulcânicas e à
ação dos rios e mares, para formar o mapa-mundi que hoje nos é familiar. Embora
como em todos os processos geológicos a deriva continental ocorra muito
devagar, está acontecendo o tempo todo. A recente queda das casas na Costa
Leste da Inglaterra, pelo fato de o mar ter minado os penhascos sobre os quais
se erguiam, é um exemplo pungente disso. O mapa do Mundo está sempre mudando
devido à ação das forças naturais.
Depois de muitos estudos, os cientistas
concluíram que a litosfera é composta por vários pedaços ou placas, tanto nos
continentes quando no fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são
chamadas de placas tectônicas. A análise dessas placas mostrou que elas se
deslocam constante e lentamente. Na verdade, é um deslocamento quase
imperceptível, conhecido como derivados continentes ou deriva continental. Depois
de descobrir esse deslocamento das placas que formam a litosfera, os cientistas
concluíram que há milhões de anos existiu um único e imenso continente na
superfície da Terra e não como conhecemos hoje: Ásia, África, Europa, América,
Oceania e Antártida. Existe um encaixe quase perfeito entre as costas da
América e da África, que foram unidos num passado distante. Além disso, os cientistas
encontraram outras semelhanças entre a parte oriental da América do Sul e a
parte ocidental da África:
•
semelhanças geológicas – tipos de
rochas, de terrenos;
•
semelhanças de clima;
•
e também entre restos de animais e
vegetais do passado.
Com isso, foi possível provar que essas
duas porções de continente foram uma só no passado geológico da Terra.
A mesma análise feita para a África e
para a América do Sul se repetiu para as outras massas continentais. E foi a
partir dessas análises que os cientistas formularam a teoria da deriva
continental, defendendo a existência de um supercontinente, rodeado por um
único oceano.
A forma atual da crosta terrestre, com
os continentes e oceanos que conhecemos, data de mais ou menos 10 milhões de
anos. Mas, com o tempo, ele deverá se modificar. Dados científicos indicam, por
exemplo, que daqui a alguns milhões de anos, a África e a América do Sul
estarão bem mais distantes uma da outra do que atualmente. Isso porque ano a
ano esses continentes deslocam-se alguns milímetros.
Com o tempo, esse super continente,
denominado Pangéia, foi se rompendo e pedaços de terras emersas foram se
distanciando uns dos outros. Um movimento produzido pelas forças internas da
Terra teria provocado esse distanciamento. Assim, cada grande porção de terras
emersas deu origem a um continente. O movimento no interior da Terra começou
há, aproximadamente, 200 milhões de anos e continua até os dias de hoje.
Acabamos de descrever a chamada teoria
da deriva dos continentes, que surgiu há três séculos. Ela é o resultado da
observação de semelhanças entre o litoral da África e o da América do Sul, que
se iniciou com as grandes expedições e descobrimentos dos séculos XV e XVI.
Surge uma nova teoria
Dentre outras , estas são as principais placas
tectônicas:
• Placa
Euro-Asiática, predominantemente continental, apesar de incluir parte do
Atlântico norte.
• Placa
Africana, que inclui a África e parte do Atlântico Sul.
• Placa
Norte-Americana, que abrange parte do Atlântico Norte e quase toda a América do
Norte.
• Placa Sul
–Americana, que inclui a América do Sul e parte do Atlântico Sul.
• Placa
Antártica, que inclui o continente Antártico e uma imensa área oceânica.
• Placa
Indo-Australiana, que abrange boa parte do oceano Índico e da Oceania.
• Placa
Norte-Pacífica, predominantemente oceânica.
• Placa
Sul-Pacífica, a oeste da América do Sul, predominantemente oceânica.
De forma simplificada, podemos dizer que as
elevadas montanhas se formaram a partir do choque ou do encontro violento de
duas placas tectônicas.
Também os terremotos e os maremotos são abalos
gerados pelo encontro de duas placas. As áreas situadas no ponto de encontro de
duas placas são as mais sujeitas a terremotos e vulcões.
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